sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dois dias se passaram e nós conversávamos como se já nos conhecessemos antes. Convidei-a para saiemos, era sábado a noite, ela logo aceitou dizendo que iria certo, não acreditava que ela realmente fosse, mas estava muito anciosa para ve-la novamente. Tudo parecia estar dando errado com a nossa noite, já não tinhamos mais lugar para ir, nem o que fazer, e nada daquela estranha aparecer. Quando me dei por conta, lá estava ela, aquele feixe de luz surgindo por entre os meus amigos.
Todos juntos discutimos o que faríamos, e logo tudo já havia se ajeitado como deveria, haviam pessoas, uma casa, comida, bebida e fumo. Atravessamos a cidade naquela noite quente, chegamos, nos aprochegamos, e todos pareciam de alguma forma sintonizados, cada um sabia o que deveria fazer e todos trabalhando em conjunto faziam tudo acontecer mais depressa.
Lembro-me bem de como tudo começou, estávamos deitadas lado a lado observando um lindo céu estrelado e escutando o barulho do mar, aquelas ondas atravessavam nossa mente e nos levavam flutiando pelo mar. A única voz que ecoava em minha mente eram as palavras doces daquela menina, aquela voz que falava sem exitar por um segundo e sua gargalhada todas as vezes que nos olhávamos ou comentávamos algo em voz alta.
A primeira frase que me lembro de ter dito foi 'Cara, estamos conversando por pensamentos! Minha voz também está na tua cabeça?' a resposta foi um 'ahaaaam' acompanhado de risadas infinitas. Havia uma barreira em volta de nós, que nos separava do mundo real, podiamos enchergá-la e até mesmo tocá-la, e as 2 pessoas que estavam conosco não entendiam nada apenas davam risadas e tentavam entender, tinham exposto em suas faces que estavam confusos e queriam nos entender, queriam fazer parte daquilo, mas era algo muito maior, algo que ninguém poderia entender, só pessoas de coração puro conseguiriam.
No término daquela noite, saímos de lá com sorrisos estampados em nossas faces, e uma certeza, havia uma nova ligação entre nós duas, uma ligação eterna, de alma, uma coisa que não é desse mundo, algo incompreensível. Viajamos de volta para a cidade, saímos daquela praia de sonhos, eu diria que aquele lugar, aquela casa tem todos os tipos de vibrações e energias, aquele santuário, que nos fazia sonhar, voar, flutuar e achar graça de tudo, aquele lugar era abençoado, e somente quando colocamos os pés para fora do ônibus tivemos a certeza de estar de volta, mas de que nada daquilo teria sido um sonho.

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