quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Encontrava-me solitária aquela noite,
e à procura de um novo brilho,
uma nova inspiração que ainda não tivesse reparado,
quando a encherguei, no meio da escuridão,
aquele brilho intenso que estava a iluminar o mundo inteiro.
Lá estava ela, solitária, brilhosa, pura, sorridente, sem pedir nada em troca.
Apenas estava ali,
glamourosa,
vista e admirada apenas por alguns poucos,
notada pelos raros, ali estava ela, a lua,
em toda a sua magnitude, rodeada de estrelas
que faziam de tudo para pelo menos chegar aos seus pés,
para terem ao menos um pouco de seu brilho, grandeza e magnitude,
mas não conseguiam ser tão belas nem tem um brilho tão intenso como daquele astro maior.
Quando me dei por conta e comecei a pensar em como ela poderia se sentir sozinha,
pois ao mesmo tempo que vivia rodeada de brilhos menores
ninguém nunca a tocava ou ousava se aproximar demais
e ela não entendia o real motivo daquilo, talvez se sentissem inferiores.
Pobre solitária, tão linda, tão brilhosa, com tanto a compartilhar,
mas ninguém para receber, sendo assim saciava todo o seu amor
compartilhando com o mundo inteiro, iluminando o céu inteiro
com uma chuva de estrelas,
de pontos brilhosos que tornava seu brilho mais intenso
e embelezava cada vez mais a escuridão.
Derrepente ela já tenha tido um amor, mas por serem totalmente opostos
e possuírem a mesma missão em horas e lugares totalmente opostos
não tenham conseguido concretizar aquele amor
e por isso se separaram para espalhar pelo mundo inteiro.
E quando aqueles raros momentos de encontro acontecem, duram pouco,
mas tem a intensidade de uma vida inteira.

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